Mulheres na Arquitetura

Arquitetas que marcaram história
por Renata Pena e Rafael Castro
05/03/2021

Foto: Zaha Hadid Architects/Steve Double/Divulgação

Não precisamos nem falar da importância do 8 de março, não é mesmo? Nessa data, comemoramos o Dia Internacional da Mulher, como forma de lembrar a luta das mulheres por igualdade de gênero e oportunidades. Em 1975, a ONU oficializou pela primeira vez essa data, durante o ano declarado pela instituição como Ano Internacional das Mulheres, buscando combater a discriminação e as desigualdades de gênero em todo o mundo. Que incrível tudo isso, né? Mas, e na arquitetura? Quais são as mulheres que fizeram história na profissão? É sobre algumas delas que nós vamos falar hoje!  

 

Lina Bo Bardi  

A primeira mulher que vamos falar fez história no nosso país. Lina Bo Bardi nasceu na Itália em 1914 e se naturalizou brasileira em 1951. Artista que não se limitava a arquitetura, Lina atuou em diversas outras áreas, como designer, artista visual, ilustradora, entre outros. Responsável por diversos projetos consagrados, como o Assis Chateaubriand Museu de Artes de São Paulo, o famoso MASP, Lina foi pioneira em diversas áreas da profissão, abrindo espaços na arquitetura para outras mulheres em um ambiente que era predominantemente masculino.  

 

Zaha Hadid 

Zaha Hadid foi uma arquiteta árabe, posteriormente naturalizada britânica, nascida em 1950 na cidade de Bagdá, no Iraque. Aos 22 anos, Zaha iniciou seu caminho na arquitetura, ao entrar na Architectural Association School of Architecture’s.  

Zaha ficou reconhecida pelo design desconstrutivista e não linear dos seus trabalhos, buscando inspirações na natureza. Hadid foi a primeira mulher a ganhar o Pritzer, maior prêmio da arquitetura internacional, além da medalha de ouro do Royal Institute of British Architects. Em 2016, Zaha Hadid faleceu precocemente, porém deixando um grande legado para inspirar outras mulheres no ramo da arquitetura.  

 

Hoje em dia, a situação é diferente da vivenciada, por exemplo,  por Lina Bo Bardi no início da sua carreira. Segundo dados da Secretaria de Informação e Comunicação do CAU (SICCAU), as mulheres constituem 64% da categoria, enquanto os homens são 32%. Porém, muito ainda precisa ser feito para possibilitar condições profissionais adequadas para ambos os gêneros. Em 31 de julho de 2020, o CAU divulgou uma pesquisa sobre desigualdade de gênero na arquitetura e urbanismo, no qual apontou diversos dados que representam a desigualdade de gênero presente no ramo. Em resposta a isso, o CAU definiu o dia 31 de julho, como o Dia Nacional da Mulher Arquiteta e Urbanista, promovendo o combate às diversas desigualdades que foram apresentadas na pesquisa.  


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